Com o intuito de desafogar os hospitais e reduzir as filas de cirurgias de emergência agravadas com a prioridade dada ao atendimento de doentes de Covid, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) irá encampar um projeto de mutirão cirúrgico em municípios do interior do Amazonas, coordenado pelos professores e cirurgiões Cleucivan Bastos e Lázaro Araújo, ambos são preceptores do setor de cirurgia e emergência do Hospital João Lúcio, em Manaus, e lideram um grupo de 238 médicos.
O projeto de interiorização dos atendimentos de emergência foi levado hoje (24) ao senador Plínio, que se prontificou a levantar os municípios que podem receber recursos e entrar em contato com prefeitos para ver se podem receber as equipes que serão formadas por dois cirurgiões, dois anestesistas, enfermeiros, técnicos e instrumentadores em cada cidade.
“O maior sonho de nós médicos filhos do interior é voltar e poder tirar a dor de nossos conterrâneos”, disse o cirurgião Cleucivan Bastos.
A meta inicial era fazer um mutirão, mas o senador discutiu a possibilidade de ampliar para cinco, atendendo pelo menos 300 pessoas que estão nas filas de cirurgia de emergência com diagnóstico pronto, a espera de uma vaga nos hospitais de Manaus.
Outros projetos de interiorização da saúde já vinham sendo apoiados por Plínio, como o projeto Ver e Diagnosticar, que prevê a compra de equipamentos de imagem para unidades básicas de saúde nos municípios, para diagnosticar câncer de mama,, próstata e tireoide, para agilizar o tratamento dos que chegam a Manaus sem nenhum exame e com casos adiantado das doenças.
“Temos priorizado a saúde em nosso mandato. E o que mais ouço dos diretores dos grandes hospitais de Manaus, e a dificuldade de administrar o grande afluxo de doentes graves que vem do interior e lotam as emergências. Esses pacientes já chegam em Manaus em estado grave e sem um diagnóstico para iniciar o tratamento. A interiorização dos atendimentos ajudaria muito a reduzir as enormes filas dos que esperam por uma cirurgia de emergência. Vamos ajudar como pudermos”, disse Plínio Valério.
Segundo Marcelo Cavalcanti, estudante de Medicina interno no Hospital João Lúcio e que acompanhou os professores no encontro com Plínio, as cirurgias serão feitas na própria cidade, evitando o difícil e dispendioso deslocamento dos doentes para a capital.
“Esse projeto irá salvar vidas, amenizar o problema social de quem mora a centenas de quilômetros da capital e enxugar os serviços de cirurgia em Manaus. Enfim, evita um problema social muito grande, acaba com as filas cirúrgicas nesses municípios do interior e não inflaciona os serviços de saúde em Manaus. Por causa da pandemia, se acumulou muita cirurgia porque os hospitais estavam cheios. Então aquela vesícula que estava com duas ou três pedrinhas, agora a pessoa já está ictérica e pode vir a óbito se não operar. As filas cirúrgicas de emergência triplicaram na pandemia. E o que a gente quer é reduzir essas filas. O que era cirurgia preventiva passou para de urgência”, finalizou Marcelo Cavalcanti.