Agente penitenciário do Ipat morre e família aponta envenenamento na Unidade

Manaus – O agente penitenciário Francisco Aldimar Souza de Alencar, 39 anos, morreu na madrugada dessa segunda-feira (14), após passar mal no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), na BR-174, a 8 quilômetros de Manaus.

De acordo com o relatório do Instituto Médico Legal (IML), Francisco foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Campo Sales, mas não resistiu e morreu durante a madrugada. No documento consta que o agente foi vítima de “asfixia de origem a esclarecer”, a família, contudo, acredita que Francisco morreu por envenenamento.

“A gente quer que isso se esclareça. Meu irmão, até então, foi envenenado, a suspeita que ele foi envenenado, que ele comeu o alimento no presídio e quando ele retornou para casa, começou a passar mal”, disse Vanessa Alencar, irmã da vítima.

Vanessa afirmou que, na UPA, o médico chegou a perguntar da esposa do agente penitenciário se ele fazia uso de entorpecentes. Mas, segundo a família, Francisco era evangélico e tal prática não condizia com a conduta dele. Após a morte do agente, o médico alertou a família para que a morte fosse investigada.

A família ressaltou que a última refeição de Francisco foi feita dentro do Ipat e, logo após, ele começou a passar mal. No entanto, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), informou em nota que o agente não jantou dentro da Unidade. O caso será investigado por meio de sindicância.

Leia a nota na íntegra:

“A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informa que o agente de ressocialização Francisco Aldimar Souza de Alencar, prestador de serviço da empresa terceirizada RH MULTI, não morreu nas dependências da Unidade Prisional Antônio Trindade (Ipat), onde trabalhava. A Seap ressalta que o agente saiu da unidade prisional ao fim do seu expediente de trabalho e que o mesmo sequer jantou dentro da unidade, mesmo assim, a RH Multi solicitou análise pericial em todas as refeições disponibilizadas aos agentes. Dessa forma, foi instaurando sindicância para apurar os fatos e a terceirizada declara estar prestando toda a assistência aos familiares do agente.”