Ninguém viu! Nota de R$ 200, lançada em 2020, é pouco vista hoje em dia

Economia – A nota de R$ 200 foi lançada no dia 2 de setembro de 2020 pelo Banco Central. Na data, pouco mais de 603 mil unidades da cédula entraram em circulação na economia brasileira, segundo dados da autarquia.

À época, a novidade gerou grande repercussão, principalmente com relação à escolha do lobo-guará para estampar a cédula. Porém, é comum ouvir nas ruas e nas redes sociais que poucas pessoas tiveram contato com a nova nota.

A reportagem foi à avenida Paulista, em São Paulo, para perguntar às pessoas se elas já tinham visto a cédula de R$ 200.

A maior parte dos entrevistados disse nunca ter visto essa nota. Mesmo quem afirmou o contrário pensa que a circulação dela está abaixo da expectativa criada na época de lançamento.

“Quando eu vi foi um ano atrás, e é muito difícil ver essa nota”, relatou Léia Soares. Ela é recepcionista no escritório da Maison Construções. Da mesma forma, Rafaela Jesus, estudante de fisioterapia, acredita que a circulação da nota “está decepcionando, até agora”.

Já Matheus Uno disse que teve contato com a cédula “umas três vezes”. Ele é analista de negócios.

“Acho que dinheiro hoje em dia não funciona tão bem quanto antes. A gente tem vários recursos para usar no celular, que é o caso do Pix. Principalmente quando é esse valor alto, você não se sente seguro para andar com dinheiro em espécie na rua não, hoje em dia.”

Léia Soares explicou que carregava 20 notas, na ocasião em que viu a cédula de R$ 200: “Andar mesmo que seja duas ou três quadras para ir ao banco fazer um depósito com esse valor é meio complicado”.

Para o professor de economia no Mackenzie Josilmar Cordenonssi, a sensação de insegurança nas ruas do país “pode de certa forma” afetar a circulação da moeda.

“O risco de ser assaltado inibe as pessoas de carregar valores altos em cédulas em papel. Mas por outro lado também inibe andar com celulares que têm aplicativos bancários com acesso ao Pix ou cartão de crédito/débito, por causa do risco de sequestro-relâmpago”, defende ele.

Dessa forma, na visão de Cordenonssi, “não está claro” se a violência no Brasil afetou a circulação da cédula.

Via: R7