Brasil – O senador Sergio Moro mandou um recado em vídeo para Lula. A iniciativa ocorreu após o presidente classificar como “armação” do ex-juiz o plano do PCC, descoberto pela Polícia Federal, para sequestrá-lo e matá-lo.
O ex-juiz da Lava Jato e hoje senador repudiou a declaração. E pontuou que o presidente precisa tomar um decisão sobre os rumos do governo. “Peço que respeite a minha família”, disse Moro em trecho do vídeo.
“O senhor precisa fazer uma reflexão muito séria a respeito do que o senhor pretende no seu governo. Se o senhor quer transformar o seu governo realmente num ato de vingança contra mim e contra a população brasileira ou se o senhor vai de fato governar pelo bem do país”, disse o senador, no vídeo.
Ao falar sobre “vingança”, Moro fazia referência a outra declaração do presidente, divulgada na véspera da operação da Polícia Federal que prendeu os integrantes do PCC suspeitos de articular o sequestro e a morte do senador.
Lula disse em entrevista que, quando estava preso em decorrência da Operação Lava Jato, sentia vontade de “fuder com esse Moro”. A frase foi usada por bolsonaristas para relacionar o presidente às ameaças a Moro.
Já a declaração de Lula sobre a descoberta do plano para matar o senador foi feita durante agenda oficial, quando foi questionado sobre o caso.
“É visível que é uma armação de Moro, mas eu vou pesquisar e vou saber por que da sentença. Até fiquei sabendo que a juíza não estava nem em atividade quando deu o parecer para ele, mas isso a gente vai esperar. Eu não vou ficar atacando ninguém sem ter provas. Eu acho que é mais uma armação”, disse Lula, sorridente.
Em sua resposta, Moro também lamentou a postura o presidente e pediu respeito à sua família e ao trabalho da Polícia Federal. “Peço pelo menos que respeite a minha família, peço que respeite o trabalho que a Polícia Federal está realizando. E pergunto ao presidente da República se, diante dessas declarações, dando risada frente à ameaça a uma família pelo crime organizado, se o senhor não tem decência”, atacou o senador.
Via: Metrópoles
