Internet chega a 79,3% dos amazonenses com mais de 10 anos em 2022, revela IBGE

Manaus – O módulo Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, foi divulgada nesta quinta-feira, 09, com questionário e dados atualizados. A pesquisa analisa, desde 2016, o acesso à Internet, à televisão e a posse de telefone móvel celular para uso pessoal, com detalhamento geográfico para o Brasil, grandes regiões e Unidades da Federação.

Acesso à internet

No Amazonas, 79,3% da população, de 10 anos ou mais, usou a internet em 2022. A maior utilização foi no Distrito Federal (96,6%) e a menor no Acre (77,8%). A média nacional é de 87,2%. Com isso o Amazonas foi posicionado na antepenúltima posição, em nível nacional, ficando atrás apenas do Acre e do Maranhão.

De acordo com a pesquisa, os estudantes amazonenses (79,2%) estão os que menos acessaram internet no período de referência da pesquisa, ficando à frente apenas de Roraima (78%). Os estudantes do Distrito Federal lideraram com 98,8%, e a média nacional foi de 92,2%.

No Estado, assim como no restante do país, o maior percentual de acesso à internet é feito por telefone móvel celular (75,1%). Embora a maioria esteja neste item, o Amazonas fica entre os que menos fazem uso do equipamento. Outros 25,8% acessam a internet utilizando microcomputador.

Embora tenha evoluído, o Estado do Amazonas não conseguiu acompanhar o crescimento do uso da internet no mesmo nível que outras unidades da federação. Em 2016, 54,4% acessaram internet, e, em 2022, passou para 79,3%.

Principais motivos da não utilização da internet

No Amazonas, os principais motivos apontados para o não uso da internet, em 2022, foram que serviço de acesso à internet ou equipamento eletrônico necessário eram caros (30,2%); que o serviço de acesso à internet não estava disponível nos locais que costumavam frequentar (15,1%); falta de necessidade (27,6%); falta de tempo (1,3%); não sabiam utilizar a internet (22,8%); preocupação com privacidade ou segurança (1,9%).

Tipo de conexão à internet no domicílio

Em 2022, no Amazonas, 99,9% da utilização de internet nos domicílios foi por meio de banda larga, sendo 72% por banda larga fixa e 92,3% por banda larga móvel. Apenas 64,3% dos domicílios amazonenses utilizaram ambos os serviços.

A análise regional mostrou que, ano passado, o percentual de domicílios ,na região Norte, em que a banda larga fixa era utilizada foi de 77,2%, apesar de ter apresentado um maior aumento, ficou abaixo dos resultados alcançados nas demais regiões (acima de 85,0%). No que concerne ao percentual dos domicílios onde havia uso da banda larga móvel, o menor percentual foi registrado na região Nordeste (65,3%), enquanto as demais Regiões apresentaram taxas superiores a 80%, sendo a maior observada na região Sudeste (88,7%).

Nos domicílios do país em que havia utilização da internet, o percentual dos que usavam banda larga móvel passou de 79,2% para 81,2% entre 2021 e 2022. Ao passo que o percentual dos domicílios que utilizavam a banda larga fixa aumentou de 83,5% para 86,4% nesse mesmo período.

Telefones fixo e celular

Ano passado, no Amazonas, em 95,4% dos domicílios havia telefone, sendo que o telefone fixo convencional estava presente em apenas 3,7% e o telefone móvel em 95,1% dos domicílios. Somente 4,3% dos domicílios amazonenses tinham telefone fixo convencional e móvel celular. O percentual de pessoas, de 10 anos ou mais, que tinham telefone celular para uso pessoal, no Estado, em 2022, foi de 75,1%.

Considerando o tipo de telefone, havia telefone fixo convencional em 12,3% dos domicílios do Brasil, mas esse percentual tem apresentado declínio desde 2016 (32,6%). A parcela dos domicílios que tinham telefone móvel celular, por outro lado, aumentou de 96,3% para 96,6% entre 2021 e 2022.

Entre as cinco grandes regiões do país o uso do celular foi mais universalizado mas o uso do telefone fixo, em 2022, foi de 18,2% na região Sudeste e de apenas 3,9% e 4,6% nas regiões Norte e Nordeste.

A pesquisa identificou que nos domicílios brasileiros em que havia telefone fixo convencional o rendimento médio foi de R$ 2.951,00 enquanto naqueles com telefone móvel celular esse rendimento foi de R$ 1. 727,00.

Televisão

Em 2022 havia aparelho de televisão em 92,4% dos domicílios do Amazonas. No Brasil, a presença do equipamento eletrônico foi contabilizada em 75,3 milhões de domicílios particulares permanentes, sendo 95,2% na área urbana e 90,4% na área rural.

A pesquisa mostrou que a região Norte ficou com a menor proporção de domicílios com televisão (89,9%). Entre as regiões com maior proporção de domicílios com televisão estavam a Sudeste (96,6%)e a Sul 96,2%.

O rendimento médio mensal per capita nos domicílios com televisão, em 2022, foi de R$ 1.740,00 e nos domicílios sem televisão esse rendimento foi de R$ 1.061,00.

Televisão com tela fina e televisão a tubo

No Brasil, a pesquisa mostrou um comparativo, entre os anos de 2021 e 2022, e revelou o avanço na busca por equipamentos de televisão mais modernos. A opção por equipamentos de tela fina aumentou em 3,2%, em um ano. Isso representou um total de 64,9 milhões de domicílios utilizando televisores de tela fina. Esse uso foi maior nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

Já o percentual de domicílios com televisores de tubo reduziu em 2,7%, ou seja, saiu de 11 milhões de domicílios, em 2021, para 8,7 milhões em 2022. Os percentuais de domicílios com somente televisores de tubo foram maiores nas regiões Nordeste e Norte. Os consumidores que utilizavam ambos os tipos de equipamentos em 2022, reduziu em 1%.

O nível do rendimento médio mensal domiciliar per capita foi maior, de 40 a 51%, nos domicílios com televisão tela fina do que naqueles com televisão de tubo.

Serviço de televisão por assinatura

No Amazonas apenas 33,7% dos domicílios possuíam serviços de tv por assinatura em 2022.

A região Norte apresentou 2,1% de domicílios que não tinham o serviço de tv por assinatura devido ao mesmo não estar disponível na área em que se localizava o domicílio. A mesma situação foi perceptível , entre 0,9% e 1,2%, das demais regiões. A região Sudeste apresentou o maior percentual de domicílios com tvs por assinatura (34,3%) e a Nordeste o menor (17,1%).

No Brasil, a pesquisa identificou que a parcela dos domicílios com a acesso a serviço de televisão por assinatura nas residências com televisor, em área urbana, foi maior que a parcela da área rural. A pesquisa mostrou ainda que tendência é de redução da diferença entre o urbano e o rural pois em 2016 a diferença era de 25,3 p.p. e em 2022 caiu para 9 p.p.

O rendimento médio nos domicílios com TV por assinatura, em 2022, foi de R$ 2.693,00 e nos sem tv por assinatura de R$ 1.260,00.

Uso de streaming

O número de domicílios que passaram a consumir a transmissão e reprodução de conteúdos como música, vídeos ou jogos, em tempo real, usando a internet (streamings) alcançou 36,8% dos domicílios do Amazonas, ano passado e 43,4% (31,1 milhões de domicílios) do país.

A pesquisa também identificou que 56,6% dos domicílios ainda não tinham acesso a esse tipo de serviço.

Na região Norte apenas 37,6% dos domicílios tinham acesso à serviço pago de streaming de vídeo.

Existência de microcomputador ou tablet no domicílio

No Amazonas o uso de microcomputador para acessar a internet, entre as pessoas de 10 anos ou mais, foi de 25,8% dos domicílios.

No país, os resultados ,de 2016 a 2022, mostraram declínio, ainda que lento, no número de domicílios com microcomputador. Em 2016 esse percentual era de 45,9%; em 2021 de 40,7% ;e em 2022 de 40,2%. A queda atinge tanto o setor urbano quanto o rural.

Tablets

Entre os anos de 2021 e 2022 o percentual dos domicílios que tinham tablet passou de 9,9% para 10,7%.

O microcomputador é um equipamento mais caro que o tablet e a grande maioria dos domicílios em que havia tablet também tinha microcomputador. Esses fatos são relevantes no entendimento dos níveis do rendimento médio mensal real per capita domiciliar em função da existência desses equipamentos nos domicílios. No país, em 2022, esse rendimento foi de R$ 995, para os domicílios que não tinham microcomputador nem tablet; de R$ 2. 612 para os que tinham pelo menos um deles e de R$ 4.119,00 nos domicílios que possuíam ambos os equipamentos.

Serviço de telefonia móvel celular nos domicílios

O funcionamento do serviço de telefonia móvel celular alcançou 86,4% dos domicílios amazonenses em 2022. No país o alcance foi de 92% dos domicílios.

Entre os anos de 2016 a 2022, observou-se no Brasil um aumento no número de domicílios em que foi informado que o serviço de rede móvel celular ali funcionava, para Internet ou para telefonia. O aumento foi de 86,2% para 92%, no período supracitado. Isso ocorreu tanto em área urbana como em área rural.

Dispositivos inteligentes – PNAD TIC também investigou a Internet das Coisas (IoT)

Apenas 10,1% dos domicílios amazonenses utilizavam dispositivos inteligentes, em 2022. No país, 14,3% dos domicílios apresentavam dispositivo inteligente, sendo que 15,3% estavam na zona urbana e 6,1% na zona rural. A maior finalidade de uso da internet foi para conversas por chamada de voz ou vídeo (94,4%) e o menor uso ficou com envio ou recebimento de e-mails (59,4%).

A pesquisa indagou moradores sobre o tipo de dispositivo inteligente que poderia ser acessado, em seus domicílios, pela internet, como câmeras, caixas de som, lâmpadas, ar-condicionado, geladeiras etc.

A região Norte registrou o menor percentual (9,9%) em acessos IoT e a região Sul o maior (18,2%).

Em 2022, dos 68,9 milhões de domicílios que havia utilização de internet no país, 9,9 milhões (14,3%) possuíam algum tipo de dispositivo inteligente. Em setores rurais, o percentual foi consideravelmente inferior ao urbano, 6,1% contra 15,3%.

No país, o rendimento médio mensal real per capita nos domicílios que possuíam algum tipo de dispositivo inteligente foi de R$ 3. 116 e nos domicílios que não possuíam esse tipo de dispositivo o rendimento foi de R$ 1. 532,00.

Rádio

Em 2022, um total de 50,4% do domicílios no Amazonas usavam rádio. No Brasil esse percentual representou mais da metade (56,5%) dos domicílios brasileiros utilizando o rádio como meio de informação e entretenimento, ou seja 42,6 milhões de domicílios. Desse total, 46,8% estavam no Norte do país; 64,8% na região Sul ; 58% no Sudeste; 54,9% no Nordeste e 47,5% no Centro-Oeste.

No setor rural, 58,2% dos domicílios possuíam rádio. O percentual é ligeiramente superior ao do setor urbano, onde 56,3% dos domicílios tinham rádio.

O rendimento médio mensal dos domicílios com rádio foi de R$ 1.784,00 e nos que não tinham o equipamento a pesquisa identificou rendimento médio de R$ 1.620,00.

Com informações da assessoria do IBGE