Os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo destacam, em editoriais recentes, as graves consequências dos incêndios florestais que já cobrem 60% do Brasil com fumaça. Ambos os periódicos criticam a falta de ação do governo federal diante da crise.
O Estadão enfatiza a gravidade da situação, destacando que “respirar se tornou um ato de resistência”. Segundo o editorial, apesar da crise ter começado há meses, o governo só agora parece ter reconhecido a gravidade, com viagens ao Amazonas e declarações de ministros. A crítica se volta também para o ministro Wellington Dias, que teria demonstrado ineficácia ao tratar o problema como algo “novo”. O editorial aponta a incompetência do governo Lula em lidar com as queimadas e o descaso com a questão ambiental.
A Folha de S.Paulo, por sua vez, critica a inação do Congresso Nacional, que aprovou legislação sobre manejo de fogo apenas após seis anos de tramitação e três anos de incêndios devastadores. O jornal também menciona cortes no orçamento do Ibama e a rejeição à criação de uma autoridade climática proposta por Lula. A Folha ressalta a necessidade urgente de um plano coordenado para enfrentar os incêndios e evitar futuras catástrofes. O periódico conclui que a adaptação às mudanças climáticas é crucial para a segurança hídrica, energética e alimentar do país.
Ambos os jornais concluem que o Brasil precisa de uma mobilização efetiva e liderança forte para enfrentar a crise ambiental e prevenir futuros desastres.