Saullo Vianna tem sua carreira política marcada por investigações e escândalos

O deputado estadual Saullo Vianna (PTB) possui um histórico político repleto de investigações e acusações graves que marcam sua trajetória. Ao longo dos anos, ele foi alvo de diversas operações que revelaram seu suposto envolvimento em uma série de crimes, como fraude à licitação, peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Uma das investigações mais significativas apontou que, durante a gestão do ex-prefeito de Presidente Figueiredo, Romeiro José Costeira Mendonça, de 2017 a 2020, Saullo e seu grupo político podem ter causado um prejuízo estimado em R$ 23 milhões aos cofres públicos do município. O Ministério Público do Amazonas (MPAM) constatou indícios de que eles formaram uma organização criminosa que manipulava processos licitatórios, desviando recursos públicos em benefício próprio.

Os relatos indicam que essa rede de corrupção se utilizou de empresas laranjas, controladas de maneira dissimulada por Saullo, para ocultar os desvios e a verdadeira natureza de suas operações. Durante a investigação, ficou evidente que várias dessas empresas mantinham relações financeiras suspeitas, realizando pagamentos mútuos que não apenas favoreciam os negócios em si, mas também cobriam despesas pessoais do deputado e de sua mãe. Essa prática levantou sérias preocupações sobre a transparência e a ética nas licitações em que essas empresas estavam envolvidas.

Além dos delitos financeiros, o MPAM também apontou que essa organização teve um papel ativo na promoção da eleição de Saullo na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, assim como na escolha de um vereador na Câmara Municipal de Manaus. A atuação desse grupo foi caracterizada pela manipulação de processos eleitorais, demonstrando um nível de corrupção que ultrapassava o desvio de recursos e adentrava o campo da corrupção política.

Ao longo das investigações, houve tentativas de afastamento e prisão de Saullo Vianna, mas a Justiça negou esses pedidos, o que gerou um debate sobre as dificuldades de responsabilizar figuras públicas com foro privilegiado. Em resposta às acusações, o deputado sempre se manifestou afirmando que está disposto a colaborar com as investigações e que nenhuma acusação foi comprovada, reiterando seu compromisso de fiscalizar a aplicação do dinheiro público em suas funções legislativas.

Pai Preso

A Operação “Ponto de Parada”, da Polícia Federal, teve como um dos alvos o empresário Sérgio Rodrigues Vianna, pai do deputado estadual Saullo Vianna (PTB). Sérgio foi liberado do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) 2 após um Habeas Corpus julgado procedente pelo desembargador federal Olindo Menezes, do TRF1. A operação resultou na prisão de outras três pessoas, incluindo Jender Lobato, presidente do Boi Caprichoso, e Hudson Maranhão Duarte, funcionário da Prefeitura de Presidente Figueiredo.

A Polícia Federal identificou que o grupo investigado realizava saques e movimentações de grandes quantias em espécie para ocultar lucros ilícitos. Além disso, constatou-se que a empresa vencedora de uma licitação em Presidente Figueiredo subcontratou integralmente os serviços de transporte escolar, recebendo R$ 12,9 milhões e gerando um superfaturamento de cerca de R$ 4 milhões. Em dezembro de 2018, Saullo já havia sido preso em uma operação que investigava corrupção passiva e violação de sigilo funcional no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).