Em setembro, o principal aliado político do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), o senador Eduardo Braga (MDB/AM), foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Braga é investigado por envolvimento em um esquema de propinas que favorecia a antiga Hypermarcas, e a revelação do indiciamento trouxe pressão adicional à campanha de Almeida, que tem evitado associar sua imagem ao senador devido à alta rejeição dele em Manaus.
Braga, junto a outros senadores, é acusado de ter recebido cerca de R$ 20 milhões em propinas para beneficiar a Hypermarcas em projetos no Senado entre 2014 e 2015. Essa aliança com Braga e o senador Omar Aziz (PSD), ambos considerados antigos “caciques” da política amazonense, contradiz promessas anteriores de Almeida de afastar essas figuras do poder, o que pode comprometer sua trajetória eleitoral e enfraquecer sua imagem como renovador da política local.
Além das questões envolvendo seu aliado, Almeida também se vê no centro de controvérsias relacionadas a pagamentos feitos à sua noiva, Isabelle Fontenelle, e à sua sogra, Lidiane Fontenelle, por empresas com contratos milionários com a Prefeitura. A polêmica surgiu após a imprensa noticiar que Lidiane recebeu R$ 120 mil de uma construtora que mantém contratos de R$ 65 milhões com a Prefeitura de Manaus.
Durante uma sabatina à BandNews Amazônia, o prefeito negou qualquer irregularidade, afirmando que os pagamentos se referem a serviços prestados à iniciativa privada e que não há ligação direta com a administração municipal. Ele também refutou acusações envolvendo familiares de seu genro e reiterou não ter vínculos com os citados nos contratos.
Além de responder às denúncias, Almeida destacou suas metas para a infraestrutura da cidade, prometendo asfaltar 10 mil ruas até o final do ano, embora apenas 3 mil tenham sido pavimentadas até o momento. Ele atribuiu o atraso a questões políticas e entraves no empréstimo solicitado à Câmara Municipal.
Controvérsia
Em setembro de 2022, David Almeida chamou um repórter de um portal de notícias local de ser “jornalista bodó, que vive na lama” e o acusou de ser ligado ao então candidato ao Governo do Amazonas, Eduardo Braga .
David frequentemente expressou descontentamento com a atuação de Braga e Omar Aziz, especialmente em relação à falta de apoio a iniciativas de desenvolvimento no Amazonas. Essa retórica se transformou em estranhamento quando Almeida começou a se aproximar desses políticos, criando uma nova “dinâmica” em sua campanha.
