
Nesta segunda-feira (10), começa em Belém (PA) a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), evento que reúne líderes mundiais, cientistas, empresas e organizações para discutir novas metas de redução das emissões de gases de efeito estufa.
A poucos dias da abertura, porém, o encontro acumula críticas e questionamentos sobre a capacidade do Brasil de sediar uma conferência ambiental de alcance global. É a primeira vez que o país recebe uma COP, e o clima é de apreensão entre participantes e observadores.
A infraestrutura precária de Belém, somada ao descompasso entre o discurso ambiental do governo federal e suas práticas, tem sido alvo de críticas dentro e fora do país. Na imprensa internacional, são frequentes as menções ao aumento dos preços de hospedagem, à falta de estrutura urbana e à coerência das ações brasileiras em relação ao tema.
Obras concluídas às pressas, hotéis lotados, transporte público insuficiente e serviços sobrecarregados colocam em dúvida a capacidade da cidade de receber um evento desse porte.
Além das dificuldades logísticas, lideranças amazônicas e organizações socioambientais denunciam altos custos de participação e falta de representatividade local. Para muitos, as conferências climáticas vêm se transformando em “cúpulas de negócios”, focadas mais em oportunidades econômicas do que em soluções concretas para a crise ambiental.




