
A conta de luz de dezembro passou a ser cobrada com bandeira amarela, após seis meses de bandeira vermelha. A mudança reduz o adicional pago pelo consumidor: de R$ 4,46 para R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos, uma economia de R$ 2,58 por 100 kWh em relação a novembro.
Considerando que uma família brasileira consome, em média, 200 kWh por mês, segundo a EPE, a economia média na fatura de dezembro será de cerca de R$ 5.
Economia para o consumidor
Levantamento da NewSun Energy Group mostra que uma residência com consumo de 200 kWh pagou R$ 8,92 de tarifa extra em novembro. Com a bandeira amarela, esse valor cai para R$ 3,76, redução de R$ 5,16.
O encargo aparece na conta como “bandeira tarifária” e varia conforme o consumo.
O CEO da NewSun Energy, Fernando Berteli, avalia que a mudança traz alívio, mas não resolve a instabilidade do setor:
“A bandeira amarela traz respiro, mas não resolve a instabilidade do setor.”
Ele destaca ainda que é a primeira vez desde 2019 que dezembro tem bandeira amarela. Nos anos seguintes, vigoraram bandeira vermelha (2020), bandeira de escassez hídrica (2021) e bandeira verde (2022, 2023 e 2024).
Como funcionam as bandeiras tarifárias
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias reflete o custo de geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN). Quanto mais alto o custo, maior o adicional na conta.
Bandeira verde
Indica condições favoráveis de geração, especialmente nas hidrelétricas.
Adicional: R$ 0.
Bandeira amarela
Sinaliza aumento moderado do custo de geração, por maior uso de termelétricas.
Adicional: R$ 1,88 a cada 100 kWh (impacto de até 3%).
Bandeira vermelha — Patamares 1 e 2
Representa cenário crítico, com geração mais cara.
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Patamar 1: + R$ 6,50 a cada 100 kWh (até 8%).
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Patamar 2: + R$ 7,87 a cada 100 kWh (até 13%).
Durante a crise hídrica de 2021–2022, vigorou a bandeira “escassez hídrica”, ainda mais onerosa ao consumidor.




