Bens da mulher de Alexandre de Moraes triplicam em apenas um ano

O patrimônio da advogada Viviane Barci, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teve um salto expressivo entre 2023 e 2024. Segundo informações divulgadas pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, os bens declarados passaram de R$ 24 milhões para R$ 79,7 milhões em apenas um ano — um aumento de 232%.

Ao longo de 2025, o nome de Viviane esteve no centro de uma série de controvérsias. Em setembro, ela chegou a ser incluída na lista de pessoas sancionadas pela Lei Global Magnitsky, mecanismo internacional que prevê congelamento de bens e restrições financeiras a indivíduos acusados de corrupção ou violações de direitos humanos. O ministro Alexandre de Moraes já figurava na lista desde 30 de julho. Ambos foram retirados do rol de sancionados no último dia 12 de dezembro.

No início de dezembro, outra revelação chamou atenção: um contrato milionário firmado entre o banco Master e o escritório Barci de Moraes Advogados, pertencente à advogada. As informações foram localizadas no celular de Daniel Vorcaro, controlador do banco. O acordo previa pagamentos mensais de R$ 3,6 milhões ao longo de três anos, o que poderia totalizar R$ 129 milhões caso fosse integralmente cumprido.

O contrato estabelecia que o escritório atuaria em diversas frentes jurídicas em favor do banco, sem detalhar processos específicos. Apesar de o Master ter entrado em liquidação e o valor total não ter sido efetivamente pago, mensagens apreendidas pela Polícia Federal indicam que os repasses ao escritório eram tratados como prioridade por Vorcaro, conforme diálogos mantidos com funcionários da instituição.

Daniel Vorcaro é um dos principais alvos da Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal para apurar um esquema de concessão de créditos fraudulentos no banco Master. A investigação também envolve a tentativa de venda da instituição ao Banco de Brasília (BRB), ligado ao governo do Distrito Federal. De acordo com a PF, as fraudes investigadas podem alcançar R$ 17 bilhões.