STF decide, por maioria, que Robinho deve continuar preso

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu a sessão virtual que analisava o pedido de habeas corpus de Robinho, ex-jogador condenado na Itália pelo estupro de uma mulher em 2013. Com nove votos a dois, a Corte manteve a prisão do atleta, que cumpre pena desde março deste ano na Penitenciária II de Tremembé, em São Paulo. A condenação foi homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), atendendo à solicitação da Justiça italiana.

A decisão, definida na última sexta-feira (22), contou com os votos contrários à soltura de Alexandre de Moraes, Luiz Fux (relator), Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Apenas Gilmar Mendes divergiu inicialmente, seguido por Dias Toffoli posteriormente.

Defesa questionava legalidade da prisão

Os advogados de Robinho alegaram ilegalidade na execução da pena no Brasil e solicitaram que ele permanecesse em liberdade até o esgotamento de todos os recursos. A Justiça Brasileira, porém, determinou o cumprimento da sentença de nove anos de prisão no país, considerando o crime de estupro cometido na Itália.

Caso e histórico judicial

O crime ocorreu em 2013, em uma boate italiana, quando Robinho jogava pelo Milan. A vítima, uma jovem albanesa, foi violentada por Robinho e outros cinco homens. Entre eles, Roberto Falco também está preso; os demais não foram julgados. Após a condenação definitiva na Itália em 2022, Robinho já estava no Brasil, e o governo italiano solicitou sua extradição, negada pela legislação brasileira, que não extradita seus cidadãos.

Rotina na prisão

Atualmente, Robinho está no pavilhão 1 da Penitenciária II de Tremembé. Ele joga futebol com outros detentos, participa de projetos educacionais como “De olho no futuro” e “Reescrevendo a minha história” e dedica parte do tempo à leitura.