Desmatamento na Amazônia tem queda de quase 70% em abril em relação ao ano anterior

Aerial view of an area in the Amazon deforested for the expansion of livestock, in Lábrea, Amazonas state. The Amazon is still covered in smoke and torn by criminal and unrestrained destruction, according to overflights produced by the Amazon in Flames Alliance, organized by Amazon Watch, Greenpeace Brazil and the Brazilian Climate Observatory. The expedition took place between September 13th and 17th, in the cities of Porto Velho (Rondônia state) and Lábrea (southern Amazonas state). Vista aérea de um desmatamento na Amazônia para expansão pecuária, em Lábrea, Amazonas. A Amazônia segue encoberta pela fumaça e marcada pela devastação criminosa e sem controle. Foi o que comprovaram sobrevoos realizados pela Aliança Amazônia em Chamas, formada pelas organizações Amazon Watch, Greenpeace Brasil e Observatório do Clima. A expedição ocorreu entre os dias 13 e 17 de setembro, nos municípios de Porto Velho, Rondônia, e Lábrea, sul do Amazonas.

Brasil – O desmatamento na Amazônia teve queda de 68% em abril de 2023 na relação com o mesmo mês no ano passado. Foram 328 Km2 registrados em abril de 2023, diante de 1.026 Km2 do mesmo período em 2022. O dado de abril deste ano também é menor em relação a 2021 (579 Km2) e em relação a 2020 (407 Km2).

As estatísticas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais indicam também que há uma trajetória de desaceleração de 40% no desmatamento na Amazônia levando em conta o recorte de 120 dias, de janeiro a abril. Foram 1.173km2 em 2023 contra 1.967km2 no mesmo período em 2022.

O Deter, utilizado pelo Inpe, é um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura vegetal na Amazônia e no Cerrado. É o principal instrumento para dar suporte à fiscalização e controle do desmatamento e da degradação florestal. Embora não tenha a finalidade de medir com precisão áreas desmatadas, é um importante indicativo de tendências de evolução do desmatamento.

A atual gestão do Governo Federal assumiu o compromisso de zerar o desmatamento até 2030 e de se fazer presente em todos os foros internacionais que discutem as mudanças climáticas e a sustentabilidade ambiental. O Brasil defende e candidatura da cidade de Belém (PA) como sede da COP30, que será em 2025.

FUNDO AMAZÔNIA – Criado em 2008, o Fundo Amazônia é um importante instrumento de financiamento para ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, bem como para a promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. Desativado em 2019 por decisão da gestão anterior com mais de R$ 3 bilhões em caixa, o Fundo foi retomado como uma das primeiras ações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023.

Como desdobramento de viagens internacionais mais recentes e da recepção de líderes estrangeiros no país, o presidente brasileiro obteve a sinalização do comprometimento de nações importantes com o Fundo Amazônia. O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciou a contribuição de R$ 500 milhões como “reconhecimento ao trabalho e liderança” do presidente Lula no tema. Durante o Forum sobre Energia e Clima, em abril, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a intenção de investir R$ 2,5 bilhões no Fundo Amazônia nos próximos cinco anos. A Alemanha também anunciou que vai doar cerca de R$ 200 milhões ao fundo.

RECOMPOSIÇÃO – Na última semana, o Governo Federal anunciou a realização de dois concursos públicos voltados para o preenchimento de cargos em estruturas que tratam da questão ambiental, das mudanças climáticas e da atenção aos povos indígenas. Serão 98 vagas para analistas ambientais no Ministério do Meio Ambiente e 502 vagas para a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Estão previstos para os próximos meses os anúncios de concursos para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e para o Ibama.

Fonte: Notícias ao Minuto