Em depoimento à CPI das Pirâmides Financeiras, Ronaldinho Gaúcho diz ser “vítima”

BRASIL – Depois de duas tentativas frustradas e até ameaça de condução coercitiva, Ronaldinho Gaúcho, ex-jogador Seleção Brasileira. compareceu para depor na CPI das Pirâmides Financeiras, na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (31).

O ex-atleta negou que tenha participado de negócios ilícitos envolvendo criptomoedas e que nunca fez propaganda induzindo às pessoas a adquirirem bitcoins. Ele afirmou que seu nome foi usado indevidamente em anúncios desse tipo de comércio e que é uma vítima de empresários mal-intencionados.

Ronaldinho contou que foi vítima de dois empresários, que usaram seu nome sem seu consentimento e que se restringiu, com a empresa 18K Ronaldinho, a fazer propaganda de relógios.

“Nunca foi autorizado à 18K Ronaldinho Comércio a usar minha imagem e usar meu apelido na razão social da empresa. Fui vítima do Rafael e do Marcelo (empresários), que estão sendo investigados pelo Ministério Público e pela polícia. Usaram meu nome indevidamente”, disse Ronaldinho, se referindo aos empresários Rafael Oliveira e Marcelo Lara. Ele anunciou que, agora, irá processá-los.

O ex-jogador compareceu à CPI na condição de testemunha, e tem recorrido ao habeas corpus que obteve junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para se manter em silência perante algumas perguntas.

O ex-atleta afirmou que os negócios e os contratos de publicidade e propaganda que estabeleceu durante toda sua carreira são de responsabilidade de seu irmão, o também ex-jogador Assis, que depôs semana passada. Um dos parlamentares, Alfredo Gaspar (União-AL), perguntou a ele se foi seu irmão que sempre o colocou “nessas enrascadas”. Ronaldinho ficou em silêncio. Aos deputados, ele negou que tenha descumprido o chamado da CPI nas vezes anteriores e afirmou que não foi intimado pela comissão.