Após depoimento na CPMI, oposição pede à PGR a prisão preventiva do ex-ministro G. Dias

BRASIL – Após o depoimento de Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula, governistas admitiram falha na gestão do general durante as invasões, mas não dolo do militar.

G. Dias, como também é conhecido, foi ouvido nesta quinta-feira (31) pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.

Durante a oitiva, Gonçalves Dias disse que deveria ter sido “mais duro” na repressão dos atos, mas alegou que tomou “todas as ações” que estavam ao seu alcance.

Parlamentares da oposição, por outro lado, argumentam que Gonçalves Dias teve falas contraditórias. O general, por exemplo, disse que acionou um plano de defesa para proteger o Palácio do Planalto, o que a oposição contesta.

A oposição tenta emplacar a tese de que houve omissão do GSI no dia dos atos golpistas. Uma sindicância interna no órgão afirmou que o ex-ministro não cometeu irregularidades.

Ainda durante o depoimento do militar, a oposição, liderada por parlamentares do PL, passou a defender a prisão de Dias.

Um documento, com 23 assinaturas, foi protocolado na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a prisão preventiva do ex-ministro, além de um mandado de busca e apreensão, e quebra de sigilos telefônico e telemático.

“A oposição, com base no artigo 129 da Constituição Federal, através da PGR, entra com o pedido de prisão do senhor ex-ministro general Gonçalves Dias por omissão imprópria, prevaricação, ação de ofício em interesse pessoal e obstrução de justiça quando falsificou de forma dolosa relatório enviado para essa casa”, disse o deputado Cabo Gilberto (PL-PB).